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Oito perguntas que seu nutricionista oncológico deve fazer

Atualizado: 20 de out. de 2020

Quando chega um paciente oncológico em busca de atendimento nutricional, muitas vezes ele está perdido. Não sabe ao certo quais mudanças na alimentação serão necessárias agora que recebeu o diagnóstico ou que está em determinada parte do tratamento.


Nesses casos, um bom profissional precisa sempre olhar além da questão nutricional. Por isso, selecionamos algumas perguntas que, ao longo da nossa prática clínica, julgamos interessantes de serem feitas durante o atendimento por parte dos nutricionistas, mas que servem também de guia para o paciente oncológico.



Vamos lá!


1) Qual o seu objetivo?

É muito importante que o profissional que esteja te acompanhando tenha clareza do motivo por que você o procurou e o que você espera da consulta. Às vezes, o profissional consegue expandir suas necessidades e te mostrar outros objetivos tão importantes quanto aquele que motivou sua procura. Mas, independentemente disso, é necessário que os objetivos sejam alinhados e todos tenham clareza de quais são eles.


2) Quais são as suas dúvidas em relação à alimentação e o câncer?

Muitas vezes, o paciente procura um nutricionista oncológico pelo excesso de dúvidas que existem em relação à alimentação e à doença. Essas dúvidas podem gerar ansiedade ao longo da consulta, então é importante que, ao término do atendimento, todas elas estejam esclarecidas. Não tenha vergonha de tirar suas dúvidas!


3) Quais alimentos você gosta de comer?

Nenhum nutricionista deve incluir na sua alimentação comidas que você não gosta. É importante que o profissional te questione a respeito daquilo que gosta de comer ou esteja disposto a experimentar. Ele também deve te perguntar sobre seus hábitos alimentares e, partir disso, introduzir alterações importantes para uma alimentação saudável e correta, necessária para o seu caso específico.


4) O seu peso alterou nos últimos meses?

Alteração de peso e de composição corporal são muito comuns durante o tratamento. Alguns cânceres acabam levando a uma perda de peso, ao passo que outros levam a um ganho. Questionar sobre essas alterações é de suma importância para o acompanhamento nutricional, pois essas alterações podem ter uma resposta metabólica muito ruim, gerando mais efeitos colaterais.


5) Como está o funcionamento do seu intestino?

O intestino é uma peça fundamental durante o tratamento. Várias intervenções são responsáveis por alterar o funcionamento adequado do trato gastrointestinal, levando à diminuição na qualidade de vida. Cuidar da sua saúde e sempre prezar para o bom funcionamento do intestino é importante. Lembre-se que falar sobre esse assunto não motivo de embaraço.


6) Você está usando algum suplemento, erva ou fitoterápico que a sua equipe de saúde não está sabendo?

Muitas vezes encontramos na internet ou ouvimos recomendações de vizinhos, colegas de trabalho e familiares sobre ervas e suplementos capazes de curar o câncer, como forma adjuvante ao tratamento. Infelizmente, não há comprovação que o uso de nenhuma erva seja capaz de curar contra o câncer.


Ao contrário, muitas vezes vemos um uso abusivo dessas substâncias fazendo com que haja toxicidade e interações com o tratamento. Por isso não é recomendado o uso de nenhum suplemento, erva ou fitoterápico que não seja prescrito por um profissional de saúde que te acompanha. Não deixe de informar ao nutricionista sobre o uso desses itens!


7) Você está tendo algum efeito colateral do seu tratamento?

É essencial questionar sobre todos os efeitos colaterais que o paciente está sentindo. Até aqueles que não parecem muito relacionados com a alimentação, como insônia, são relevantes. A nutrição consegue aliviar muito desses sintomas com alterações simples na alimentação. Então, quanto mais o seu nutricionista souber, mais ele vai poder fazer para aumentar a sua qualidade de vida.


8) Você gosta de cozinhar?

Essa é outra pergunta muito importante! O grau de dificuldade de execução do plano alimentar muitas vezes está atrelado ao quanto o paciente está familiarizado com a cozinha e com os ingredientes. Se cozinhar não for muito a sua praia, converse com o nutricionista e solicite que sejam enviados o modo de preparo dos alimentos de refeições simples. Dessa forma, o profissional pode aumentar a adesão à conduta nutricional e facilitar a sua vida.


Lembre-se de que o que estamos colocando aqui não é regra, mas a nossa opinião sobre questionamentos relevantes de serem feitos ao paciente durante o acompanhamento nutricional.

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